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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Enterro dos milagres - O sacerdote # TEASER

_ Obrigado.
    Foi tudo o que ele conseguiu dizer. Naquele momento de tristeza, lágrimas saltitavam de seus olhos e o ursinho de pelúcia na mão daqui a instantes se encontraria encharcado.
_ Nada. Eu... eu... eu to feliz por você ter me chamado. Pensei que não confiasse em mim... pior,... que me odiasse.
    Cássio se assustou e quase deu um pulo para trás. Com toda certeza ele não confiava em Beatrice e com toda a certeza não a queria ali, mas naquele momento, percebendo que não tinha amigo algum para apoiá-lo, ele preferiu ter uma inimiga, que ele mais chama de "vampirinha-do-inferno" a não poder chorar no ombro de mais ninguém.
    Beatrice riu do susto de Cássio.
_ Lamento, muito. Eu sinto a sua dor. O estranho é que eu sou masoquista, _ ela assumiu com calma, como se isso fosse normal _ gosto da dor, às vezes.
    Dava para perceber que Beatrice gostava da dor. Além da enorme quantidade de piercings por todo o rosto, na sobrancelha, na boca, na língua, na orelha no mínimo uns cinco, no nariz... Ela ainda tinha muitas marcas incontáveis de arranhão nos pulsos. Cássio achava isso repugnante, e por isso a odiava.
    Beatrice sabendo que ele olhava fixamente para sua orelha, contando seus piercings, resolveu deitar seu rosto no ombro dele, fazendo-o se arrepiar.
_ Sabe, Cássio... Eu sei que posso ser diferente, ou, sei lá, uma diabinha na sua opinião. Mas saiba que eu sou a única garota que não acha você esquisito, sabe por quê?
_ Não _ disse Cássio com a voz um pouco rouca ainda de tanto chorar.
_ Por que nós somos iguais, de alguma maneira, Cássio.
    Cássio levantou uma sobrancelha assustado.
_ Você pode até me xingar de todos os nomes, se sua religião permitir, mas não tente mudar o destino. Se você acredita em Deus, continue acreditando, mas não deixe de acreditar no terreno também.
_ Como assim? _ pergunta Cássio curioso sobre a religião indefinida de Beatrice.
_ Terreno, Cássio. Coisas terrenas _ Beatrice apertou a rosa vermelha que segurava entre suas mãos.
    Ela a tacou em cima do caixão e levantou a cabeça do ombro de Cássio. Ele fez o mesmo com o buquê de rosas brancas.
_ Ela é... era linda.
    Beatrice fechou o caixão ao perceber que Cássio começaria a chorar, levantou a barra do vestido preto e começou a caminhar para fora da igreja. Cássio ficaria sem respostas naquele dia. Só com o pensamento grudado no que Beatrice deixou ao vento.
    Começando a chover lá fora, Beatrice começou a correr em direção a uma moto com um cara de roupas pretas e capacete. Ele deu um para ela também e partiram. Cássio fez o sinal da cruz e se retirou pela porta dos fundos, indo em direção ao descanso dos padres. Lá, ele encontrou o padre Fernando, e sem dizer nada os dois voltaram para a capela e rezaram juntos. No final, interessado, padre Fernando começou a questionar Cássio.
_ Quem era aquela garota?
_ A vampirinha do inferno de quem eu sempre falo.
_ Por que a chamou até aqui?
_ Nada, padre, eu só... queria ter alguém para com quem conversar nesse momento.
_ Sua mãe não iria gostar da presença dela aqui. Aposto que ela está te fuzilando com os olhos do céu.
_ O que eu poderia fazer padre? Ela preferiria com certeza Beatrice a me ver sozinho chorando o tempo todo. E, pelo, menos, ela trouxe uma rosa. A presença dela não foi tão ruim.
_ Não quero que você passe para o lado dela, entendeu? Chega de dar ouvidos as conversas bobas dela.
    Parecia que o padre Fernando tinha sexto sentido.
_ Sim,... sim, senhor.
    Padre Fernando se retirou e foi lá fora, dizer para os encarregados de levar o caixão até o cemitério para tirarem ele de lá.
   Naquele momento, Cássio não se aguentou, agarrou o ursinho marrom com uma blusinha do Iron Maiden e começou a chorar. Saiu em direção do padre Fernando. Entraram no carro da funerária e seguiram em direção ao cemitério.
                       

domingo, 11 de novembro de 2012

Destinos Cruzados - Episódio 1 # Descobertas sobre os novos colegas

    Primeiro dia de aula, numa nova escola e é claro, numa nova cidade. Não gosto muito de falar sobre a minha antiga vida (de pouco tempo atrás), mas, vamos lá. Vivia com minha mãe, odiava ela em todas as circunstâncias, mas não era nada sem sentido nem lógica e só pro ela dizer não quando eu pedia alguma coisa, era por falta de amor mesmo. A umas duas semanas do início das aulas, meu pai me aconselhou a ir morar com a minha tia esse ano, irmã do meu pai, pro que com ele nem daria, ele viaja muito.
Nadia: Tudo tão vazio...
    De repente aparece uma garota do nada.
Aluna*1: Olá, é a novata?
Nadia: Sim, prazer, meu nome é Nadia.
Aluna*1: Prazer, meu nome é Felicia, quer que eu lhe mostre a escola?
Nadia: Claro, pois eu nem sei o que é para eu fazer, não encontrei ninguém aqui.
Felicia: Os professores devem estar em reunião e as aulas hoje só começam no segundo tempo, primeiro dia de aula, só moleza, né. (Risadas)
Nadia: Sim, sim. (Risadas)
    Não conheço ninguém e sou obrigada a seguir uma garota ingênua e nerd que se ofereceu para me mostrar a escola. Tudo bem que, pelo menos, não teria que conhecer a escola sozinha, mas a garota havia se oferecido e não dava nem um pio, estranho isso.
Nadia: Tem alguma coisa?
Felicia: Como?
Nadia: Está acontecendo algo? Você pareceu tão simpática e de repente você começou a ficar calada.
Felicia: Nada, não aconteceu nada de mais.
Nadia: Nada de mais, mas aconteceu alguma coisa.
Felicia: Na verdade, o problema foi que nós cruzamos com o garoto que eu gosto.
Nadia: Qual? Aquele de cabelos negros andando cabisbaixo?
Felicia: Sim, o nome dele é Costian, e eu sou gamadona nele desde o prézinho.
    Que exagero... mas tudo bem, tudo para melhorar meu astral, minha vida. Tudo para fazer novos amigos, eu preciso ajudá-la com essa paixão mal resolvida.
Nadia: Quer que eu a ajude?
Felicia: Como você poderia ajudar? Você por acaso iria contar a ele? NÃÃÃÃO! De jeito nenhum, eu não quero que ele descubra.
    Ela agarrou meu braço, exagerada demais para o meu gosto.
Nadia: Pode largar meu braço, fazendo o favor. E você vai ficar escondendo esse amor para o resto da vida?
Felicia: Desculpa, é que eu não pensei muito. Eu prefiro esconder, sabe, ele é seco, fofo, mas muito seco.
Nadia: Motivos diversos, mas se você tentasse pelo menos uma vez, quem sabe, por mim, eu falava com ele e te ajudava.
Felicia: Então te proponho um desafio, falar com ele por mais de cinco minutos sem levar sequer um fora. Mas não conte ainda sobre mim, só conte se vencer esse desafio.
Nadia: Ele é tão difícil assim?
Felicia: Sim, então, vai tentar?
    O avistei do outro lado do pátio e fui em sua direção, nossa, ele parecia muito gato assim de longe.
Nadia: O-o-o-o-oi, prazer.
    Fiquei em pé, imóvel.
Costian: Novata, não é. O que você quer?
Nadia: Nada de mais, é que... uma amiga minha me pediu um favor.
Costian: Já tem amigas aqui? Você é rápida.
Nadia: Não enrole, tá bom, por favor.
Costian: Respondona. Se me tratar com ignorância eu não faço esse tal favor, tá ok? E, ah, eu também sei responder, sabia disso?
    Já perdi o desafio, mas vou continuar papeando com ele até fazê-lo sair com a minha nova amiga, afinal, eu não quero lanchar todo santo dia sozinha como na antiga escola.
Costian: Vai ficar calada mesmo?
    Ele fez um olhar... era impossível resistir a esse seu olhar.
    PARA DESBLOQUEAR A CONTINUAÇÃO VOCÊ PRECISA ACESSAR UM DESSES DOIS LINKS:
Escolha 1: http://historiasdeumagarotaqualquer.blogspot.com.br/2012/11/destinos-cruzados-episodio-1_547.html
Escolha 2: http://historiasdeumagarotaqualquer.blogspot.com.br/2012/11/destinos-cruzados-episodio-1_11.html
    DEPENDENDO DO LINK QUE VOCÊ ACESSAR, VOCÊ SABERÁ SE VOCÊ TEM CHANCES DE SAIR NO FINAL COM ELE OU NÃO. (Dica: numa delas o olhar é de maldade, isso dirá que você continuará colocando pilha na Felicia, se o olhar for de sedução, você mudará de assunto e no final você sairá com ele, boa sorte ;3)
                    ATÉ A CONTINUAÇÃO DO EPISÓDIO!

Destinos Cruzados - Episódio 1 # Descobertas sobre os novos colegas (escolha 1- olhar)

Você escolheu o olhar de maldade, veja a continuação da conversa deles após a sua escolha:
    Ele fez um olhar... era impossível resistir a esse seu olhar. Mas não era um olhar muito bondoso, e olha que eu quase estava desistindo de ajudar a Felicia, porque ele era realmente um gato.
Nadia: Não, não vou ficar calada, vou logo mandar a real. A Felicia gosta de você e ela queria saber se tinha uma chance, nem que seja só uma saída, pelo menos hoje, depois da escola. E ai, topa?
    Ele continuou me olhando, e tentou de novo mudar de assunto.
Costian: Felicia, é? Como você conseguiu fazê-la dizer mais de duas sílabas?
Nadia: Chega, tá, eu só to te pedindo um favor, ou você fala sim ou não, cara. E pra falar a verdade, você bem que podia dar uma chance a ela.
Costian: Faz um favor? Vai embora.
Nadia: Por que, hein? Por que você é tão sínico e desprezível?
Costian (se levantando): Você não tem o direito de falar assim de mim, mocinha, você nem me conhece.
    Ele apontou o dedo na minha cara.
Nadia: Oh, oh, oh, eu só to jogando na sua cara o que todo mundo pensa! Eu sei que ninguém teve coragem de falar isso, mas é preciso você saber.
Costian: Eu sempre soube, e para a sua informação, eu gosto de ser assim.
Nadia: Ninguém gosta de ser assim, você é por algum motivo.
Costian: Não se meta na minha vida!
    Ele segurou meu braço.
Nadia: Ok, se você não quiser falar, não fale, mas você vai pagar muito caro por isso, porque eu já entendi que você não quer sair com a Felicia, por isso ficou enrolando. Eu vou bolar um jeito de fazer você sair com ela. Abra o seu olho!
    Me virei e sai andando com Costian atrás de mim dando gargalhadas.
    Eu tinha que bolar um jeito para ele sair com a Felicia... Ah! Já sei!
    ACESSE UM DOS LINKS ABAIXO PARA SABER QUAL O JEITO QUE VOCÊ BOLOU PARA FAZER COSTIAN SAIR COM FELICIA:
Escolha 1: http://historiasdeumagarotaqualquer.blogspot.com.br/2012/11/destinos-cruzados-episodio-1_8748.html
Escolha 2: http://historiasdeumagarotaqualquer.blogspot.com.br/2012/11/destinos-cruzados-episodio-1_5000.html
                       ATÉ A CONTINUAÇÃO DO EPISÓDIO!

Destinos Cruzados - Episódio 1 # Descobertas sobre os novos colegas (escolha 1- armação)

Você escolheu armar um jeito de culpá-lo por uma coisa que ele não fez para ele sair com a Felicia, o tirando do jogo, veja a continuação após a sua escolha:
    Decidi fazer uma coisa que eu já fiz uma vez na antiga escola. Para conseguir uma amiga, eu fingi que alguém tinha aberto meu armário e disse que tinha visto ela me olhando abri-lo. Logo depois de culpá-la, eu disse que a culpa não era dela, e sim que ele abriu sozinho, logo depois obrigando a garota a ser minha amiga por safá-la disso.
Nadia: Eu perdi, mas eu tenho um plano, ok? Não fique brava.
Felicia (choramingando): Não acredito que você não conseguiu... mas você não contou a ele, não é?
Nadia: Fica calma, eu vou conseguir, pode ter certeza.
Felicia: Ok,... eu confio em você.
    Sai de lá deixando ela aflita roendo as unhas. Segui até meu armário e o abri, peguei algumas coisas que eu precisava pegar mesmo e depois treinei caras de triste no espelho do armário logo depois indo em direção a sala dos professores, que Felicia havia me mostrado mais cedo.
Nadia (choramingando): Roubaram o meu armário, ele estava escancarado e quase sem nada!
Diretora: Olá, prazer, sente-se e me conte tudo.
Nadia (sentando): É que eu vi um garoto me espionando por trás enquanto eu abria o meu armário, mas eu não pensei por mal, afinal, essa escola é conhecida pela segurança.
Diretora: Sim, claro, temos câmeras em todos os corredores.
    Ai, não, me ferrei.
Nadia: E como vocês pegarão o bandido que me roubou?
Diretora: Se você quiser, nós vemos juntas o vídeo.
Nadia: Não quero ver vídeo algum para mostrar o que eu já sei. O meu armário não foi arrombado, ele só foi aberto, então com certeza só pode ter sido aberto por alguém que sabia a senha.
Diretora: Então está bem, vamos para o pátio e você me mostra qual o garoto que estava te vendo abrir seu armário.
    Chegando no pátio, apontei para o Costian que estava de cabeça baixa ouvindo mp3. A diretora se aproximou dele, tirou seus fones de ouvido e falou para ele a seguir. Quando ele olhou para frente e me viu sorrindo maliciosamente, ele percebeu que meu plano estava sendo posto em prática. Ou vai, ou racha.
Costian (nervoso): Mas o que você fez?!?
    Não deu para eu respondê-lo. A diretora o puxou para a sua sala e eu fiquei do lado de fora de olho, espionando, mas sem conseguir ouvir nada.
    Quando eles estavam saindo, a diretora seguiu andando pelo corredor e Costian me enviou um olhar de raiva, pior que o de antes. Ele me segurou e me pôs contra a parede e contra ele. Uau...
Costian: É assim mesmo que você acha que eu vou aceitar sair com a Felicia?
Nadia: Calma... Se você aceitar sair com a Felicia, eu te tiro de jogo, entendeu?
Costian: Como?
Nadia: Vai mesmo sair com ela?
Costian: Você não sabe o quanto eu to encrencado, diz logo como você vai me tirar dessa.
Nadia: Ok, se você for sair com ela...
    Ele agarrou mais meus braços.
Costian: Eu vou, cara! Me diz logo!
Nadia: Ok, eu digo, calma. Eu só ia falar que o armário estava com problema e abriu sozinho.
Costian: Vai logo então falar com ela.
    Ele me larga de um jeito sexy, logo depois abaixando a cabeça.
    Segui pelo corredor e encontrei a diretora conversando com um professor numa sala.
Nadia: Desculpa interromper, eu acho que eu já sei o que aconteceu.
Diretora: Então, você conversou com ele?
    A diretora me distanciou do professor.
Nadia: Eu conversei com ele e descobri que ele estava vendo a namorada dele que estava do meu lado. Eu acredito nele, porque eu já tinha percebido que o armário não fechava direito, então eu cheguei a conclusão de que não foi ele, foi culpa do próprio armário que está com defeito.
Diretora: Vou mandar o capataz ver isso. Obrigada por avisar antes, quase que eu ligo para os pais dele e ele seria expulso logo no início do ano.
    Saio sorrindo e sigo em direção ao pátio.Faltavam agora só
                                      ###
Felicia: E ai???
Nadia: Vou falar com ele. Ele vai ter que aceitar.
Felicia: Ok, então...
    Sigo em direção a Costian que estava encostado numa parede com o pé apoiado nesta também parecendo marrentinho mexendo no celular com o cabelo caído no rosto. Ui, isso era sexy, mas na verdade, ele era mesmo marrento.
Costian: O que você quer?
Nadia: Hoje, depois das aulas, você encontra com ela no portão.
Costian: Tá, né. Só por você tirar a diretora do meu pé.
Nadia: Não vai cobrar mais nada de mim, né?
    Eu insisti para que ele me cobrasse uma saída depois.
Costian: Não.
    Mas acabei recebendo isso.
Nadia: Ok, então. Até depois, caso a gente se encontre de novo na escola outra hora.
                           FOTO DO FIM DO EPISÓDIO:
    
    Eles saíram e foram tomar sorvete. Eu via nos olhos de Costian e no jeito em que ele tratava a Felicia o quanto ele estava infeliz. Mas pelo menos Felicia estava toda alegre.
                        ATÉ O PRÓXIMO EPISÓDIO!

Destinos Cruzados - Episódio 1 # Descobertas sobre os novos colegas (escolha 2- armação)

Você escolheu armar um jeito de colocá-lo contra Felicia para ele ver as qualidades dela, veja a continuação da sua escolha:
    Decidi arranjar um jeito de Costian ficar a sós com Felicia para eles conversarem mais e se conhecerem melhor. Segui em direção a diretoria, que Felicia já havia me mostrado onde era, deixando Costian para trás dando gargalhadas. Entrei de fininho e esperei a diretora sair. Cheguei perto do gerador e abaixei ele, deixando toda a escola na escuridão.
Diretora: Mas o que aconteceu?
    Ela estava chegando perto do gerador, não hesitei em quebrá-lo antes que ela chegasse. Me escondi debaixo de sua mesa e a deixei ver o resultado.
Diretora: Ah, não! Alguém violou o gerador de propósito!
    Quando ela se aproximou da mesa, eu sai pelo outro lado e fui para o pátio encontrar com Felicia.
Felicia (assustada): Você sabe o que aconteceu? Estou com medo!!!!
Nadia: Fique calma, fui eu que fiz isso. Vá para a sala 2b, o Costian já estará lá. Fique calma, pelo amor de Deus e não fique nervosa. Converse com ele normalmente.
Felicia (meio alegre e meio assustada): Ok...
    Fui na direção de Costian que estava tranquilo do outro lado do pátio.
Nadia: Oi... e ai?
Costian: O que você quer?
Nadia: Nada... A diretora só mandou a gente ir para a sala 2b porque vamos ter aula, é a única sala com luz. Ela mandou eu avisar para todos do 1° ano.
Costian: Mas o que?? Ai... é por isso que eu odeio aquela mulher.
    Costian e eu seguimos em direção ao segundo andar, e quando eu percebi que tudo estava muito escuro, tanto que nem dava para nos vermos, eu o deixei entrar e fechei a porta atrás dele, o fazendo ficar sozinho com ela na sala.
Costian: Mas o que?? Isso por acaso é uma armação?
Nadia (gritando do lado de fora): Siiiiim!!!!! Vocês vão ficar ai trancados até se entenderem.
Costian: Quem está aqui?
Felicia: Eu...
Costian: Oi, Felicia...
    Ouvi o barulho de um caminhão chegando, deveria ser o conserto da luz, ai droga, eles tinham pouco tempo agora.
Felicia: Acho que nós teremos que ficar aqui por um tempo.
Costian: É... e juntos... e sozinhos.
Felicia: Não gostou da ideia?
Costian: Não é bem isso, é que... Você lembra quando nós éramos pequenos e você vivia dando em cima de mim e tals?
Felicia: É... é... Eu lembro sim... é... eu não gosto de lembrar disso não...
Costian: Por isso mesmo. Eu também não gosto, mas sou obrigado só em ouvir seu nome.
    Continei atrás da porta ouvindo tudo.
Felicia: Nossa... Eu sempre soube que você fosse rude, mas...
Costian (sem deixar Felicia terminar): Sabe... eu também gostava de você.
Felicia (esperançosa): Não gosta mais?
Costian: Na verdade, ainda gosto.
    Só ouvi ruídos e rangidos de mesa, até a luz voltar e eu abrir a porta e vê-los se beijando.
                              FOTO DO FIM DO EPISÓDIO:
                       
                              ATÉ O PRÓXIMO EPISÓDIO!

Destinos Cruzados - Episódio 1 # Descobertas sobre os novos colegas (Escolha 2- olhar)

Você escolheu o olhar sensual, veja a continuação da conversa deles após a sua escolha:
    Ele fez um olhar... era impossível resistir a esse seu olhar. Desisti de colocar pilha na Felicia e comecei a puxar papo com outro assunto.
Nadia (se sentando ao lado de Costian no banco): Desculpa eu ficar calada, mas... e ai? A quanto tempo você estuda aqui?
Costian (sorrindo maliciosamente): Desde sempre. (risos leves)
    Ele percebeu que eu estava dando em cima dele, mas era isso que eu queria mesmo, para ver se ele esquecia aquele negócio de ajudar uma amiga.
Nadia: Hummm... Mas você gosta daqui?
Costina: Mais ou menos, eu gosto mesmo daqui por causa dos clubes, sabe.
Nadia: Não, eu não sabia que haviam clubes aqui, você poderia me mostrar o seu?
Costian: Vamos então.
    Ele se levantou e esticou a mão para me levantar também, gentil de sua parte.
    Nós entramos na escola, subimos dois ramos de escadas e chegamos em frente a uma sala toda espelhada e sem paredes, tudo de vidro, parecia uma sala de dança. Estava vazia por ser início do ano.
Nadia: É uma sala de dança? Você faz aulas?
Costian: Se você não for rir de mim... Eu até te mostro.
Nadia: Por que eu riria?
Costian: Porque todos aqui da escola dizem que é dança de mulher.
    Ah, não, ele dança ballet. Tudo bem, Nadia, isso não significa que ele é gay, vá em frente.
Nadia: Me mostre.
    Ele deu um depré cruzado e depois um farpado. Perfeição nos movimentos. Isso quase me fez chorar, lembrando de quando eu morava com a minha avó e fazia aulas de ballet à tarde.
Nadia (batendo palmas): Muito bom.
Costian: Você nem sabe se eu errei.
Nadia: Quem disse que eu não sei? Eu posso não lembrar como se faz e nem estar preparada para fazer, mas eu sei que este depré estava perfeito.
Costian: Você já fez ballet?
    Seus olhos brilhavam.
Nadia: Há muito tempo, mas eu ainda gosto.
    Nós dois rimos.
Costian: E dança de salão, você sabe?
Nadia: Mais ou menos.
    Costian me puxa pela mão e me leva para o centro da sala e começamos a dançar.
Nadia: Se eu pisar no seu pé, a culpa não é minha, você que me puxou para dançar.
    E eu acabei não pisando em seu pé, dançamos um pouco tortos, mas rimos à toa, até um momento em que ficamos muito próximos um do outro. Tanto que eu até roubava a sua respiração.
    Quando estávamos tão próximos de nos beijar, ele interrompe colocando o dedo indicador em frente a minha boca.
Nadia: O que houve?
Costian: Eu só não quero te enganar. Eu gosto de outra pessoa.
Nadia: Quem?
Costian: Você não conhece. E... ela já,... já... morreu.
Nadia: O que?
Costian: Desculpa não contar antes. Mas sabe... eu acho que já te revelei coisas demais hoje. Vamos descer que daqui a pouco começam as aulas, e depois a gente conversa mais, ok?
Nadia (assustada, abalada e deprimida): Ok...
    ACESSE UM DOS LINKS ABAIXO PARA SABER SE COSTIAN SAIRÁ OU NÃO COM NADIA APÓS SE CONFESSAR:
Escolha 1: http://historiasdeumagarotaqualquer.blogspot.com.br/2012/11/destinos-cruzados-episodio-1_5736.html
Escolha 2: http://historiasdeumagarotaqualquer.blogspot.com.br/2012/11/destinos-cruzados-episodio-1_3887.html
                       ATÉ A CONTINUAÇÃO DO EPISÓDIO!

Destinos Cruzados - Episódio 1 # Descobertas sobre os novos colegas (Escolha 2- saída)

Você escolheu a segunda opção. Nesta eles sairão no final da aula. Veja a continuação após a sua escolha:
    Eu pensei e pensei ainda mais sobre a namorada falecida de Costian. Não conseguia contê-la em minha mente e comecei a desenhar rabiscos sobre como ela seria.
    O sinal do recreio tocou e num pulo eu sai correndo para encontrar com Costian para ver se ele me contaria mais sobre a namorada dele.
    O avistei longe e corri para encontrá-lo. Ele estava ouvindo mp3, mas logo que me viu, tirou os fones de ouvido.
Costian: Oi...
Nadia: Olá. E ai? Você está bem? Me desculpa, tá. Eu não...
Costian (sem me deixar terminar): Tudo bem, eu lembro dela toda noite... não foi você que me fez lembrá-la. Tudo me faz lembrá-la em todo lugar.
Nadia: Mesmo assim, eu me preocupei com você...
Costian: Pelo menos você não foi curiosa demais e quis saber sobre ela perguntando para a Felicia.
Nadia: É... mas bem que eu pensei em perguntar, mas me segurei bastante até falar com você.
Costian: Eu até te falaria mais sobre ela, só que eu não consigo.
Nadia: Tudo bem...
(Auto-falante): Atenção alunos do primeiro ano do ensino médio, vocês estarão liberados ao término do recreio. A direção.
    Todos da minha sala e da sala de Costian começaram a comemorar.
Costian: Gostaria de ficar aqui comigo depois do recreio?
Nadia: Mas... mas a gente vai ser liberado mais cedo.
Costian: E dai? A gente podia ficar conversando um pouco mais.
Nadia: Aonde?
Costian: Na sala mesmo.
Nadia: Ok, então, não tenho nada pra fazer em casa mesmo...
    Depois do recreio, enquanto todos iam embora, eu subi escondida com Costian no meio do resto do pessoal que ficaria na escola e fomos para a sala dele vazia do primeiro ano.
Nadia (entrando na sala na frente de Costian): Sua sala é maior que a minha.
    Quando me viro, vejo Costian sentando-se numa carteira e pegando seu celular.
Nadia (sentando na carteira na frente da em que Costian sentou): Vamos fazer o que?
Costian: Você que sabe...
Nadia: Você sabe o que eu quero saber...
Costian: Sei é?
Nadia: Claro que sabe.
Costian (guardando o celular no bolso e levantando-se): O nome dela era Lidia, ela morreu faz cinco meses, ela se suicidou e eu sinto muita falta dela.
Nadia: Uau... Nossa, por que ela se suicidou?
Costian: Ah... a mãe dela tinha morrido a um ano e o pai dela não gostava dela. Ela disse que eu até poderia fazê-la ter mais vontade de viver, mas pelo jeito... eu não consegui, eu falhei como namorado.
Nadia: Não diga isso!
Costian: Mas é a verdade.
Nadia (insinuando): Então pelo menos não falhe para mim.
    O agarrei na mão e o empurrei em direção a carteira, o beijando.
                       FOTO DO FIM DO EPISÓDIO:
        
                 ATÉ O PRÓXIMO EPISÓDIO!

Destinos Cruzados - Episódio 1 # Descobertas sobre os novos colegas (Escolha 1- saída)

Você escolheu a primeira opção. Nesta eles não sairão após as aulas, veja a continuação após a sua escolha:
    Passei as aulas inteiras pensando na tristeza que Costian deveria ter passado com a morte da namorada. Será que por causa disso ele não quer mais ter relacionamentos? Será que por isso ele é grosso e indigesto e ninguém gosta dele? Ou será que sua namorada levou toda a sua compaixão? Só saberei disso quando o sinal tocar e eu poder me encontrar com ele na saída.
    Logo após o sinal bater, veio então o recreio chato que eu passei com Felicia comentando mais e mais sobre o Costian e o quanto ele era perfeito e tals e eu me contendo para não perguntar sobre a namorada dele, não resisti e tive que perguntar.
Nadia: O que você sabe sobre a namorada dele?
Felicia: Ele, ele... ele te contou? Você nem me falou nada antes. Quero que você me conte tudo de quando vocês foram conversar sozinhos lá em cima.
Nadia: É... não aconteceu nada de mais.
    Tentei disfarçar, afinal, fui fazer um favor a ela e acabei paquerando ele.
Felicia: Nada, nada, nadica de nada? Nada, nada mesmo?
Nadia: É..., nada, nada mesmo, nadica. Agora me conta sobre a namorada dele.
Felicia: Ela morreu à uns cinco meses, e foi quando ele piorou. Começou a tratar ainda pior as pessoas, antes ele já tratava pelo preconceito de fazer balé, mas depois...
Nadia: Só cinco meses?
Felicia: Sim, e é por isso que ele não quer nada com as garotas, e é também por isso que eu não queria que você contasse nada a ele.
Nadia: Ah... ok, então.
    O recreio acabou e voltamos para a sala. Continuei pensando e pensando mais e mais em Costian. Que coração lindo ele tem...
    Quando a aula acabou eu fui ao seu encontro no portão da escola. Ele estava de cabeça baixa, sentado no banco fora da escola e acredito que eu o fiz pensar nela, depois de quase nos beijarmos.
Nadia: Oi... tudo bem?
Costian: Não, não está tudo bem.
Nadia (sentando-me ao seu lado): Olha... me desculpa, tá bom?
Costian: Felicia veio falar comigo. Ela disse que você falou com ela sobre a Lidia. Não gostei de você ter comentado isso com ela. Por favor, vá embora.
Nadia (deprimida): Eu pensei...
    Não acredito que confiei naquela vaca. Ela nem conseguia falar com ele uma palavra mas conseguiu contar sobre eu perguntar sobre a Lidia.
Costian: Deixa pra lá, tá. Eu sei que você ficou curiosa, isso é normal. Até depois.
    Costian foi embora. Eu resolvi sentar-me no chão e depois de um certo tempo, eu percebi que eu estava me apaixonando por ele, chorei que nem uma garotinha pensando em tudo que eu havia feito errado.
                        FOTO DO FIM DO EPISÓDIO:
           
                    ATÉ O PRÓXIMO EPISÓDIO!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dark Angels - A garota de vermelho - O início

    Era tudo um desespero total. Meu pai corria de um lado para o outro tentando apagar o fogo, mas labaredas se formavam constantemente, e minha mãe ainda estava caída desmaiada ao meu lado, enquanto eu tentava acordá-la ainda com a minha perna presa embaixo da estaca de madeira que caíra.
    Ainda vendo meu pai tentando abrir a porta tirando estacas e mais estacas da frente dela, desmaiei com tanta fumaça e só me lembrava de vê-lo sendo atingido na cabeça por uma estaca.
    Eu poderia ter morrido. Isso não saía de minha cabeça.
    Eu fui a única de três pessoas que sobreviveu. E isso também me assombrava.
    Na verdade, o que mais me assombrava era o fato de todos morrerem queimados, atingidos por estacas e imobilizados por elas. As únicas coisas que não aconteceram comigo. Eu só fui atingida na perna, e ela não precisou nem ser engessada. Perfeita.
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    Meu primeiro dia na escola interna de Detroit, minha nova cidade, na verdade, a cidade onde eu fiquei após meus pais morrerem. A cidade onde ficava o orfanato no qual eu morei até me recuperar (ou mais ou menos isso) para poder ir voltar a frequentar a escola normalmente. Mas no caso, Detroit só tinha uma escola, e interna. Mas como eu tinha oito anos e meio, já podia ficar na escola interna sem depender mais daquele orfanato. Aquele orfanato o qual me manteu viva durante um ano inteiro.
    Chegando na escola, enviaram-me ao meu quarto e logo conheci Demetria. Ah, ela era legal, mas tenho muito medo de sua religião.
    Logo no dia seguinte iniciariam-se as aulas e eu estava totalmente preparada, até lembrar-me de como eu era terrível para fazer amigos. Deu-me calafrios, minhas mãos congelaram e meu rosto ficou esbranquiçado, mas nada me detia de continuar a arrumar-me.
    Desci as escadas vagarosamente. Meu vestido vermelho era impecavelmente lindo, e eu tinha noção disso.
    No final do corredor eu encontrei o garoto mais perfeito, mais impecável, mais estonteante, e mais fiel que eu poderia conhecer. O garoto o qual eu nunca desconfiaria de que seria meu amigo, e não um garoto o qual eu admiraria o ano todo de escola.
                        CONTINUA

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

INVEJA - TEASER #1

    Alice, Catherinne e Rebecca sempre foram grandes amigas.
    Num dia desses, quando elas ainda tinham apenas seis anos e brincavam lá fora de boneca, o irmão mais velho de Alice cortava a grama distraído. Catherinne deixou um vestidinho cor de rosa voar devido ao vento forte do outono. Nesse mesmo tempo, o cortador de grama passava perto da toalha vermelha quadriculada onde as meninas estavam. Quando Catherinne esticou o braço para alcançar o vestidinho, aconteceu. O braço de Catherinne foi estrangulado pelo cortador de grama e as meninas começaram a gritar, o irmão de Alice, Rogger, tentou socorrê-la, ligando urgentemente para os bombeiros e enquanto isso os pais de Alice chegavam e tiravam as meninas daquela cena arrasadora. Isso as traumatizaria para todo sempre.
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    Após um ano da morte de Catherinne, Alice e Rebecca se falavam muito pouco, mas continuavam morando uma do lado da outra. Esse não contato que elas ganharam com a morte de Catherinne teve mais a ver com o medo que Rebecca adquiriu do irmão de Alice. Ah, os pesadelos que assombravam as noites em claro de Rebecca. O braço de Catherinne voando pelos ares após ser cortado pelo cortador de grama... Tudo isso massacrava a vida de Rebecca.
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    Certo dia, dois anos após a morte de Catherinne, Alice e Rebecca se encontraram passeando com seus cachorrinhos de estimação. O de Alice estava solto, livre. E o de Rebecca preso na corrente.
    Alice logo que viu Rebecca sorriu de ponta a ponta da orelha e Rebecca só virou a cabeça meio mal humorada. Mal elas sabiam que aquele dia, era o dia em que faziam-se dois anos após a morte de Catherinne, e algo de estranho surgiria na relação das duas que as fariam lembrar de Cahterinne pelo resto de suas vidas.